sexta-feira, 27 de junho de 2008

Outro dia eu vi o filme Juno. Confesso que me surpreendeu, já tinha lido que o filme era bom e tals e que a roteirista era uma ex-atendente de tele-sexo, e que escreveu diálogos brilhantes! Sim, os diálogos tem o exato conteúdo que se espera que uma ex-atendente de tele-sexo escreva, mas de uma forma tão natural e humana que ó engrandece o filme.

A coisa começa assim: Juno é uma jovem de 16 anos, que qualquer garoto quer ter como melhor amiga, pois quando ficou entediada chamou o amiguinho para dividir uma cadeira com ela. (heh).
2 meses depois ela descobre que esta grávida e cai na real com sabias palavras do dono da mercearia onde ela comprou o 3 testes de gravidez. Esse cara deve ter a fazer “ema, ema, ema cada um com seus problemas como máxima de vida.”

Então ela tem de contar a novidade, primeiro pra amiga, depois pro pai, que pouco se fode pra noticia, tipo eu dei meu esperma pra ti, se você quis fazer um feto com ele problema seu. E finalmente para os pais. Ai vem algo que eu nunca imaginaria, eles aceitaram numa boa! Algo do tipo. Eu te levo no medico, você vai parar de comer besteiras e não vamos amolar o pai, nos damos conta disso.

Nesse meio tempo a Juno aparece com um cachimbo, sem fumo nem nada, só um cachimbo vazio na boa, e isso é muito foda, eu quero ter um cachimbo só pra ficar fazendo pose também.

Ai ela pensa em abortar, não consegue, pois descobre que seu bebe já tem unhas. UNHAS, cara, da pra acreditar! E outra parte mágica dos diálogos, a atendente da clinica de aborto abre sua vida sexual para Juno, acho que nem em um putero as mulheres soltam coisas bizarras, assim sem mais nem menos.

Se abortar e criar o bebe não são opções, resta doa-lo, para um casal rico que não pode ter filhos. O primeiro encontro de Juno com o casal tem frases arrebatadoras vindas da guria. Enquanto o casal estava preocupado com o bebe e quanto a determinação da garota. Juno mostrava algo do tipo: meu, se desse eu cuspiria esse moleque agora mesmo pra vocês. Hey, onde é o banheiro?

A partir daí o filme se desenrola naturalmente, sem ficar chato, nem perder o ritmo tranqüilo que tem desde o inicio. E algo que contribui para isso é a trilha sonora. Faz tempo que não me impressiono tanto com as musicas de um filme.

com um short desses nao se podia esperar muitas coisas desse cara.

Moral de tudo, veja Juno e se tiver um cachimbo sobrando na sua casa eu aceito de muito bom gosto.